Três obstetras foram afastadas e estão sendo investigadas pela Polícia Civil pela morte de um bebê após o parto no Hospital Centenário, em São Leopoldo. O caso ocorreu na última quarta-feira (9). A mãe da recém-nascida, que tinha diabetes gestacional e cuja gravidez era considerada de risco, permanece hospitalizada na UTI do mesmo hospital.
Segundo o relato do pai, a equipe médica decidiu induzir o parto normal na manhã de terça-feira (8). O bebê nasceu com 5,3 quilos, e o parto não ocorreu como esperado. O pai relatou que sua esposa fez muita força e, diante da dificuldade, pediram por uma cesariana, que teria sido negada inicialmente.
O pai descreveu momentos de terror quando parte da cabeça do bebê saiu e ficou presa. Ele alega que uma médica pulou sobre a esposa enquanto outra puxava o bebê, e que tentaram empurrar a criança de volta antes de finalmente decidirem pela cesariana.
Após o parto, a recém-nascida foi transferida para o Hospital Conceição, em Porto Alegre, onde faleceu cerca de 24 horas depois, na quarta-feira (9). O pai relatou que a filha ficou dez minutos sem oxigênio, teve a clavícula quebrada, nervos dos braços rompidos e ferimentos na cabeça, braços e pescoço. O Hospital Conceição informou que a bebê chegou em parada cardíaca e morreu apesar dos esforços da equipe médica.
A mãe precisou passar por uma cirurgia para retirada do útero e está internada na UTI do Hospital Centenário.
O Hospital Centenário informou que as obstetras são terceirizadas e foram afastadas de suas funções. Uma sindicância interna foi aberta para apurar o caso, e o hospital está fornecendo informações à Polícia Civil, que investiga possível negligência. O delegado responsável aguarda o relatório de obstetrícia para entender o que ocorreu durante o parto. As médicas devem prestar depoimento nesta semana.
O Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul (Cremers) informou que ainda não foi oficialmente notificado sobre o caso.
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Fonte: Portal Diário | Com informações de GZH
